Amo essa época do ano. Tudo parece mais alegre, o amor parece renascer dentro das pessoas, tudo parece brilhar mais (e não é por causa das luzes de Natal).
Essa época me faz lembrar minha infância e a magia que sentia quando via os primeiros enfeites de Natal. Eu entrava na fila duzentas vezes para conversar com o Papai Noel. Era como se ele fosse um velho conhecido e tínhamos que colocar o papo em dia. Claro que eu fazia os meus pedidos de presente, mas sinceramente, não esperava ganhá-los. Era sempre uma surpresa quando ganhava os presentes.
Minha mãe sempre foi nossa Mamãe Noel. Era ela quem trazia a alegria e a magia do Natal para nossa casa. Enfeitava cada cômodo da casa. Tio Lima também ajudava, mas ele era o responsável pela trilha sonora. Tenho certeza de que jamais esquecerei dos dias em que arrumávamos a árvore, todos sentados na sala cantando, rindo e decidindo como ficaria melhor cada enfeite. Agora minha mãe é a Vovó Noel dos meus sobrinhos. E ela ainda mantêm viva a tradição que tanto me marcou.
"Que entre os homens haja paz"!
11.23.2007
11.09.2007
Introspecção
11.08.2007
Clarissa
Com ela não tem meio termo: chegou fazendo a maior bagunça no meu coração e na minha vida. Veio como um furacão e remexeu tudo. Tudo para que eu me reencontrasse.
Mesmo quando eu estava perdida e sem rumo, quando nada mais parecia fazer sentido, ela veio e me mostrou tudo belo. "O Mágico Mundo de Clarissa", como ela costuma dizer.
Me fez entender que a vida é uma dádiva, mesmo quando os problemas nos abatem. Que sorrir é uma forma de renovar. Que uma conversa sincera, de alma aberta, pode consertar até os maiores tropeços. Que mesmo quando tudo parece fechado, há sempre uma fresta de luz para nos guiar.
A gente já aprontou muitas coisas juntas. Já enchemos rios de lágrimas. Já sorrimos até o sol nascer. Conversamos mais que uma vida. Nunca dissemos adeus. E nem há razão.
Ela não é uma amiga qualquer. Clarissa é a irmã que a vida me deu de presente.
11.07.2007
Sonhos

Deito em minha cama, faço minha oração e adormeço.
Outro mundo me espera. Um mundo não muito diferente do que vivo acordada, mas onde as interpretações são diferentes. Mas é um lugar de encontros e reencontros. Adoro sonhar!
Mas mesmo as coisas que mais gosto, as vezes, me dão medo. E ao acordar assustada, com o coração disparado e aflita, faço minha oração mais uma vez e desejo que todos os que amo estejam bem.
11.01.2007
Back to '90s?

Já perceberam como as boy (and girl) bands dos anos 90 estão voltando? Primeiro as Spice Girls, agora os Backstreet Boys...
Depois de doenças, filhos, carreira solo e escândalos envolvendo drogas e possível estupro, o grupo acaba de lançar um novo álbum (30/10). O pior é que o estilo pessoal e de música não mudou NADA: Nick Carter com a mesma voz de choro, AJ fazendo papel de homem mau, Howard D. continua insignificante e Brian Littrell "o eterno adolescente". Kevin Richardson deixou o grupo no ano passado.
Tudo bem, na minha adolescência eu gostava de algumas músicas deles (por isso sei os nomes), mas o tempo passou e envelhecemos. As músicas também poderiam ter amadurecido! O que acontece? É falta de originalidade ou acham que a fórmula funciona mesmo?
Agora só falta o 'N Sync anunciar o retorno também. Isso se (e somente se) Justin Timberlake desistir da carreira solo. Há rumores de que o grupo não cumpriu o contrato com a gravadora, restando ainda um cd para gravar. Aí seria o fim da picada!
10.29.2007
Saudade
"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
as descobertas que fizemos,
dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana,
de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe... nos e-mails trocados. Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses...anos...
até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo....
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas? Diremos...Que eram nossos amigos.
E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto...
nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido desta humilde amigo :
não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Autor Desconhecido
Àqueles que já se foram, àqueles que deixei... minha saudade eterna, meu amor imensurável.
Citar nomes é simplesmente desnecessário. Vocês sabem quem são e o que significam em minha vida.
as descobertas que fizemos,
dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana,
de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe... nos e-mails trocados. Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses...anos...
até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo....
Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas? Diremos...Que eram nossos amigos.
E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto...
nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido desta humilde amigo :
não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Autor Desconhecido
Àqueles que já se foram, àqueles que deixei... minha saudade eterna, meu amor imensurável.
Citar nomes é simplesmente desnecessário. Vocês sabem quem são e o que significam em minha vida.
8.30.2007
O Manto
Foi como ouvir uma daquelas de suas músicas que fala, disfarçadamente, do amor. Do amor que ele não acredita e se justifica cantando “você não nasceu pra mim”.
Quando estava ao seu lado, eu ficava sem graça porque não sabia conversar sobre os Los Hermanos. Sinceramente, pouco me importava se ele cantava Legião ou Los Hermanos. Misteriosamente encantador era o jeito que cada palavra escorregava para fora daqueles lábios carnudos recheados do desejo de me fazer ouvir. E então, estar ao seu lado sempre se tornara único. E mágico...
Agora me pego lembrando de fatos: a música que ele cantava... O olhar envolvente que ele deixava paralisar sobre a minha aura cheia de dúvidas... Aquele cheiro de homem sensível... Os três furos no rosto. Agora, todas essas imagens e sensações se tornaram distantes e embaçadas neste meu ângulo de visão. E então, mais uma vez, eu me pergunto: até quando? Ou até nunca mais? E a resposta não vem. E a ânsia aumenta. Sinto náuseas. Vontade de vomitar. Vontade de vomitar todo esse desespero em cima dele. Em cima da poesia que ele escreve e da música que ele canta. Agora, eu quero que ele se suje também. Me sinto abortada. Sinto que puxaram o meu tapete. Sinto também que eu não queria esse filho, apesar de amá-lo tanto... Entretanto, as minhas vísceras que, no momento do ato, estavam trêmulas, tentavam me encorajar. Elas pulsavam, tentando me fazer sentir que eu estava deixando que levassem o meu filho. Mas eu não as ouvi.
Como pessoa inacabada e covarde que sou, assisti o ato todo de perto, sem poder me defender. Ou, talvez, sem querer me defender...
O meu filho, aquele amor, que eu tanto admirava, foi embora. Foi levado de mim. E a inconveniente da culpa ficou no seu lugar, ao meu lado, segurando a minha mão de mãe abandonada.
Naquele momento, o seu olhar, antes envolvente, estava petrificado e sem vida. Ele tinha colocado em volta de si um manto escuro e pesado que ele dizia se assemelhar com um xale que costumo usar em dias nebulosos. Disse querer ficar parecido comigo.
Vestido naqueles trajes, que o impediam de enxergar o aborto que acontecia, ele começou a cuspir. Ele cuspia muito. Cuspia ao vento. Cuspia todos os incômodos. E as gotas de saliva que, por ventura, tocavam a minha pele, me causavam um ardor insuportável. Era a lua dele, cuspindo fogo. E nesse duelo, o meu escorpião se defendia, atacando. Por um instante, durante o caos da disputa, eu também quis cuspir. Enquanto o meu filho estava sendo brutalmente arrancado das mãos das minhas vísceras, fervia na minha garganta a vontade de cuspir, me defender. A minha vontade era a de cuspir em cima do meu xale, fazendo-o queimar por completo. Quis arrancar aquele manto de cima dele. Queria deixá-lo nu. Eu queria ficar nua. Queria salvar o nosso filho. Mas não consegui...
Quanto mais as salivas dele me queimavam a pele, mais fraca e amedrontada eu ficava. Sem ação e cada vez mais passiva. Engolindo o cuspe, eu tentava achar o olhar dele escondido no meio daquele manto escuro. Mas foi em vão... Então, o meu escorpião, já cansado de envenenar, e sem vontade de partir, virou-se de costas e colocou-se a andar, vagarosamente, deixando aquele lugar onde só restara os vestígios de um aborto acovardado. Porém, as vestimentas dele impediam que ele segurasse a cauda do escorpião... É, ele não queria segurar o escorpião. Ele não queria mais aquele escorpião por perto.
Texto escrito por Larissa Mauro
Quando estava ao seu lado, eu ficava sem graça porque não sabia conversar sobre os Los Hermanos. Sinceramente, pouco me importava se ele cantava Legião ou Los Hermanos. Misteriosamente encantador era o jeito que cada palavra escorregava para fora daqueles lábios carnudos recheados do desejo de me fazer ouvir. E então, estar ao seu lado sempre se tornara único. E mágico...
Agora me pego lembrando de fatos: a música que ele cantava... O olhar envolvente que ele deixava paralisar sobre a minha aura cheia de dúvidas... Aquele cheiro de homem sensível... Os três furos no rosto. Agora, todas essas imagens e sensações se tornaram distantes e embaçadas neste meu ângulo de visão. E então, mais uma vez, eu me pergunto: até quando? Ou até nunca mais? E a resposta não vem. E a ânsia aumenta. Sinto náuseas. Vontade de vomitar. Vontade de vomitar todo esse desespero em cima dele. Em cima da poesia que ele escreve e da música que ele canta. Agora, eu quero que ele se suje também. Me sinto abortada. Sinto que puxaram o meu tapete. Sinto também que eu não queria esse filho, apesar de amá-lo tanto... Entretanto, as minhas vísceras que, no momento do ato, estavam trêmulas, tentavam me encorajar. Elas pulsavam, tentando me fazer sentir que eu estava deixando que levassem o meu filho. Mas eu não as ouvi.
Como pessoa inacabada e covarde que sou, assisti o ato todo de perto, sem poder me defender. Ou, talvez, sem querer me defender...
O meu filho, aquele amor, que eu tanto admirava, foi embora. Foi levado de mim. E a inconveniente da culpa ficou no seu lugar, ao meu lado, segurando a minha mão de mãe abandonada.
Naquele momento, o seu olhar, antes envolvente, estava petrificado e sem vida. Ele tinha colocado em volta de si um manto escuro e pesado que ele dizia se assemelhar com um xale que costumo usar em dias nebulosos. Disse querer ficar parecido comigo.
Vestido naqueles trajes, que o impediam de enxergar o aborto que acontecia, ele começou a cuspir. Ele cuspia muito. Cuspia ao vento. Cuspia todos os incômodos. E as gotas de saliva que, por ventura, tocavam a minha pele, me causavam um ardor insuportável. Era a lua dele, cuspindo fogo. E nesse duelo, o meu escorpião se defendia, atacando. Por um instante, durante o caos da disputa, eu também quis cuspir. Enquanto o meu filho estava sendo brutalmente arrancado das mãos das minhas vísceras, fervia na minha garganta a vontade de cuspir, me defender. A minha vontade era a de cuspir em cima do meu xale, fazendo-o queimar por completo. Quis arrancar aquele manto de cima dele. Queria deixá-lo nu. Eu queria ficar nua. Queria salvar o nosso filho. Mas não consegui...
Quanto mais as salivas dele me queimavam a pele, mais fraca e amedrontada eu ficava. Sem ação e cada vez mais passiva. Engolindo o cuspe, eu tentava achar o olhar dele escondido no meio daquele manto escuro. Mas foi em vão... Então, o meu escorpião, já cansado de envenenar, e sem vontade de partir, virou-se de costas e colocou-se a andar, vagarosamente, deixando aquele lugar onde só restara os vestígios de um aborto acovardado. Porém, as vestimentas dele impediam que ele segurasse a cauda do escorpião... É, ele não queria segurar o escorpião. Ele não queria mais aquele escorpião por perto.
Texto escrito por Larissa Mauro
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