2.21.2008

Desintoxicação


Já sentiu como se o mundo inteiro fosse perder-se quando perde um amor? É um buraco sem fim, a dor chega a ser física. Dói pra respirar, os dias passam sem graça e sem sentido, não há fome (ou há demais), o sono não descansa. Tudo que você quer e precisa é do outro.

"Quando o amor de um acaba, ao outro resta a saudade", disse Falabella. Mas não é só a saudade que resta. Resta a lembrança, a falta do calor, da presença, dos beijos, abraços, sorrisos, toques e carícias. Falta a existência.

É desesperador pensar não ter o outro. É enlouquecedor não sentir.

O processo de "esquecimento" do amor que se foi é como livrar-se de um vício. É desintoxicação. Dói demais, parte a gente em milhões de pedaços, parece destruir tudo o que um dia desejamos em nossa vida.

"Aquilo que não te destrói, te fortalece".
Você começa a perceber que as lembranças já não doem mais como antes, que você consegue rir do seu sofrimento, que o impossível de antes torna-se ridículo. Entende que você jamais vai esquecer mesmo aquela pessoa, mas que já não precisa e nem quer mais.
Quando menos percebemos, estamos mais fortes, mais conscientes, mais sábios. Conhecemos melhor nossos sentimentos e a nós mesmos. Quando nos recompomos, a vida tem muito mais sentido e os sonhos renascem em nós.

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